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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto: Google

 

LUIZ FELIPE DE SOUZA COELHO
( BRASIL - RIO DE JANEIRO)

 

Me interesso por Ciências em geral, ensinar e aprender.
História, Geografia, Poesia, por leitura. Blogueiro.
Trabalhou como Professor de Física de 1981 a 2016 na UFRJ na empresa Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Trabalhou como Auxiliar de ensino e pesquisa na empresa 
PUC Rio - Pontifícia Universidade Católica Do Rio De Janeiro.
Trabalhou como Monitor de lab. de Física III na empresa PUC-RJ. Estudou na instituição de ensino PUC-RJ.   Estudou na instituição de ensino University of Sussex.
Frequentou o Colégio Pedro II.     Mora no Rio de Janeiro.

 

POESIA SEMPRE  Ano 8  Número 12 -  .Editor Ivan Junqueira.   Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional,  abril 2000. 322 p. 
ISSN 0104-0626     No. 10 392
Exemplar da biblioteca de Antonio Miranda


As palavras

As palavras se assustam
quando as acordamos de seu sono
nas páginas fechadas da memória,
como se acendêssemos a luz de um quarto
e acordássemos lemingues engaiolados
a sonhar com tocas, com frios
e com a escuridão ártica.

Só não dizem a verdade
pois ainda não ensaiaram outra coisa

e estão espantadas com os palácios que construíram,
sós, sem a ajuda da realidade
e aonde nunca poderão habitar.


Infância

Nuvens da infância
se aglomeram a confabular
a ameaçar trovões, raios, inundações
a mudar de forma,
massinha de modelar amassada pelo vento,
nossos cúmplices a combinar travessuras.

Nas ruas alagadas,
nas poças dos quintais,
nos rios que surgiram nos meios-fios,
acontecem coisas interessantes, árvores caem
e todos se sujam de lama.

Talvez não haja aulas,
talvez falte luz
e possamos brincar acendendo velas
e fazendo sombras nas paredes.
 

 

E na ausência surgiu a vida  

A ausência  era um gigantesco bloco
estarrecedor desprezo ao fluxo do tempo.
Orquídeas habitavam suas fendas,
confraternizavam com as samambaias,
delirando bêbadas da úmida verdade da Terra,
buscando a luz do Sol,
o vento e os pássaros.

Admirei-a, espantoso nada,
cadeia vazia, transparente janela a ressoar
nas breve melodias ensinadas pelo vento,
aprisionando o Universo do lado de dentro,
enquanto fabricava a vida e, aos poucos,
consegui enxergar sua totalidade,
o quase vazio aonde cometas de luz nasciam.

Contornei a ausência por dentro de mim,
até vislumbrar sua interna clareira,
ninho de ventos a desabrochar,
e aonde começava uma dura construção,
uma alegre doação.
Silenciei então e os ecos adormeceram,
grávidos de espanto.

 

*
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Página publicada em julho de 2025.


 

 

 
 
 
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